PGR chancelou parcialmente operação da PF sobre esquema na Abin; confira os argumentos

O MPF avalizou as diligências contra o vereador Carlos Bolsonaro, suposto integrante do 'núcleo político' da organização

Os irmãos Flávio e Carlos Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP

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A Procuradoria-Geral da República concordou com a necessidade de a Polícia Federal realizar busca e apreensão contra o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos), sua assessora Luciana Almeida e o militar do Exército Giancarlo Gomes Rodrigues. As diligências ocorreram no âmbito da investigação sobre um suposto esquema de monitoramento ilegal por meio da Agência Brasileira de Inteligência.

Segundo a PF, Carlos integraria o chamado “núcleo político” da organização. Contra Almeida pesa uma mensagem enviada a Alexandre Ramagem, então diretor da Abin, na qual ela pedia “uma ajuda” para obter informações a respeito de investigações sobre a família Bolsonaro.

A mensagem de Luciana Almeida teria chegado a Ramagem a partir do telefone de Priscilla Pereira e Silva.

A PGR anota que Giancarlo, por sua vez, teria participação em um monitoramento ilegal do advogado Roberto Bertholdo, próximo dos ex-deputados Rodrigo Maia e Joice Hasselmann, à época considerados desafetos do governo Bolsonaro.

Na avaliação do Ministério Público Federal, a operação de busca e apreensão se justificava contra Carlos e Luciana “na medida em que se infere a causa provável do contexto espelhado na peça policial em apreço”. Além disso, outros fatos poderiam ser desvendados a partir da diligência.

No caso de Giancarlo, a ação da PF poderia revelar “elementos relevantes para o progresso das apurações em desenvolvimento”.


A PGR se manifestou apenas contra busca e apreensão sobre Priscilla Pereira e Silva, por não haver “fato que imponha como de utilidade manifesta a medida intrusiva solicitada”. Moraes, porém, autorizou as diligências contra todos os alvos, inclusive Pereira e Silva.

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