O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid, afirmou que o governo brasileiro recebeu 53 emails da farmacêutica Pfizer para oferta de vacina ao País, reforçando a tese de ‘omissão’ diante a compra de imunizantes. As declarações foram dadas nesta sexta-feira 4 ao jornal Edição das 10, da Globonews.
“Antes pensávamos que tinham sido oito emails da Pfizer omitidos, depois nos chegou a informação que foram 41 e, agora, pasmem, foram na verdade 53 emails da Pfizer rogando para entregar vacina para o governo brasileiro”, declarou.
“Desses 53 emails, 47 tiveram a omissão até o dia 10 de novembro. No dia, estranhamente após aquela reunião que envolveu o Sr. [Arthur] Weintraub, há uma resposta do governo brasileiro. Depois do dia 2 de dezembro, após outros seis emails, há novamente uma omissão por parte do governo brasileiro que só é superada com um contato do presidente da República em março”, completou.
Ainda durante a entrevista, o senador falou de suspeitas de que o governo brasileiro tenha feito lobby pela cloroquina e voltou a defender que a CPI investigue recursos aplicados pelo governo federal durante a pandemia.
“Os documentos que chegam até a CPI indicam indicam que não foi à toa a omissão em relação às vacinas. Nos trazem suspeitas sobre essa obsessão em relação a cloroquina. É muito estranho o fato do ministério das Relações Exteriores, sob a gestão do ministro Ernesto Araújo, ter feito algo que se assemelha a advocacia administrativa, lobby, para ter resgatado uma carga de hidroxicloroquina de uma empresa que tinha essa carga restrita na Índia”, declarou.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login