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PF vê indícios de que Monark cometeu crime de desobediência judicial

A infração teria se caracterizado pela ‘reiterada recusa em acatar a determinação de cessar a divulgação de notícias fraudulentas’

PF vê indícios de que Monark cometeu crime de desobediência judicial
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A Polícia Federal apontou indícios de que o influenciador Bruno Aiub, conhecido como Monark, cometeu o crime de desobediência a decisão judicial ao criar perfis nas redes sociais para disseminar informações falsas.

A conclusão consta de um documento enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Monark é investigado na Corte no âmbito do inquérito sobre os atos golpistas de 8 de Janeiro.

De acordo com a PF, a infração teria se caracterizado pela “reiterada recusa em acatar a determinação judicial de cessar a divulgação de notícias fraudulentas”.

Isso porque, apesar das restrições impostas pelo STF, o influenciador criou novas contas em plataformas digitais e continuou a veicular “ataques” e conteúdos com desinformação sobre o sistema eleitoral brasileiro.

“Essa constatação encontra respaldo nas publicações de conteúdo efetuadas em diversas plataformas de mídia social, notadamente no TikTok e YouTube. A análise dessas publicações revela indícios substanciais que apontam para a persistência na transgressão das ordens judiciais impostas”, sustentou a PF.

A pena para quem desobedece decisão judicial vai de três meses a dois anos de prisão, ou multa, segundo o Código Penal.

O documento da polícia ainda registra que a criação de perfis se revelou “um artifício ilícito utilizado para produzir (e reproduzir) conteúdo que já foi objeto de bloqueio, veiculando novos ataques, violando decisão judicial”.

Monark teve as contas bloqueadas por Moraes e, meses depois, foi proibido de espalhar desinformação sobre o Tribunal Superior Eleitoral. Em agosto de 2023, o ministro multou o influenciador em 300 mil reais pelo descumprimento de decisões anteriores e determinou a abertura de um inquérito sobre o caso.

O youtuber ficou conhecido nacionalmente em fevereiro de 2022, após defender no Flow Podcast a possibilidade de existir um partido nazista, algo proibido por lei. Em meio à repercussão, ele foi demitido do programa.

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