A Polícia Federal (PF) vai investigar uma suposta participação do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, em um esquema de compra e venda de joias nos Estados Unidos.
De acordo com informações reveladas nesta terça-feira 8 pelo site G1, os investigadores encontraram no celular de Cid material indicando que ele realizou as negociações no início deste ano, quando esteve com o ex-presidente em solo norte-americano.
A investigação vai na linha daquela que já é realizada pela CPMI do 8 de Janeiro, que apura uma troca de e-mails de Cid, em que ele tenta vender um relógio da marca Rolex recebido em viagem oficial.
Nos e-mails analisados pela comissão, Cid pede 60 mil dólares pelo artefato de luxo – cerca de 300 mil reais, na cotação à época -, e admite que não possuía o certificado do relógio, uma vez que se tratava de “presente recebido durante uma viagem oficial”.
Já a investigação da PF revelada hoje tem como base gravações contidas no armazenamento do celular de Mauro Cid, que está sob posse da PF desde que ele foi preso, ainda em maio.
Procurada por CartaCapital, a PF informou, em nota, que não pode se manifestar sobre investigações em andamento. A defesa de Mauro Cid também foi procurada, mas disse estar impedida de tecer comentários sobre o tema por estar, segunda ela, ‘sem acesso ao acervo probatório da CPMI’.
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