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A Petrobras anunciou nesta sexta-feira 17 um reajuste nos preços dos combustíveis vendidos às distribuidoras. A partir deste sábado 18, o litro da gasolina passa de 3,86 reais para 4,06 reais. Já o valor do litro do diesel sai de 4,91 reais e passa para 5,61 reais.
De acordo com a agência da estatal, atualmente a média de preço para o consumidor final está em 7,25 reais para a gasolina e 7,01 reais para o diesel.
Na última quarta-feira 15, representantes do governo do presidente Jair Bolsonaro pediram à direção da Petrobras para segurar o reajuste. No entanto, após reunião com o Conselho de Direção da Petrobras, chegou-se à conclusão de que sem o acréscimo, cria-se uma defasagem que em médio prazo poderia ocasionar a falta do combustível.
Em nota, a justificativa da empresa diz respeito ao cenário do mercado global da energia, principalmente a respeito da recuperação da economia e a guerra na Ucrânia que impactaram nos valores do mercado financeiro.
“Observando a evolução do mercado, foi possível manter os preços de venda para as distribuidoras estáveis por 99 dias para a gasolina e 39 dias para o diesel”, afirma a estatal em nota.
Além disso, reforça que têm evitado o repasse direto das taxas de câmbio e cotações internacionais aos preços internos, por conta da inconstância desses valores. “A Petrobras reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo em que […] evita o repasse das variações temporárias que podem ser revertidas no curto prazo”.
Apesar disso, o Governo Federal se manteve contra o reajuste. O presidente Jair Bolsonaro se manifestou em sua conta no Twitter afirmando que “A Petrobras pode mergulhar o Brasil num caos”.
– O Governo Federal como acionista é contra qualquer reajuste nos combustíveis, não só pelo exagerado lucro da Petrobrás em plena crise mundial, bem como pelo interesse público previsto na Lei das Estatais.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) June 17, 2022
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