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PEC de Crivella que amplia imunidade tributária de igrejas avança mais um passo na Câmara

Em setembro, a Comissão de Constituição e Justiça deu o seu aval à proposta. Agora, a responsabilidade é de uma comissão especial

PEC de Crivella que amplia imunidade tributária de igrejas avança mais um passo na Câmara
PEC de Crivella que amplia imunidade tributária de igrejas avança mais um passo na Câmara
O deputado federal e ex-prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos-RJ). Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
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A proposta de emenda à Constituição que amplia a imunidade tributária de templos católicos e evangélicos no País subiu mais um degrau na Câmara dos Deputados. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), instalou nesta semana uma comissão especial destinada a analisar o texto.

Em setembro, a Comissão de Constituição e Justiça deu o seu aval à PEC, de autoria do deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, fundada por Edir Macedo.

Atualmente, a Constituição estabelece que a imunidade tributária vale somente para o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais dos templos religiosos. A PEC 5/2023 sugere uma alteração no artigo 156 da Constituição, a dispor sobre a cobrança de impostos.

Segundo o texto, a ideia é vedar “a instituição ou a incidência de quaisquer impostos sobre a aquisição de bens e serviços necessários à formação do patrimônio, à geração de renda e à prestação de serviços pelas organizações religiosas de qualquer culto”.

Na justificativa, Crivella alega haver “essencialidade da prestação da assistência religiosa” e diz que sua proposta encontra respaldo no “interesse social”. Após a tramitação nas comissões, a PEC tende a chegar ao plenário e precisará de pelo menos 308 votos favoráveis, em dois turnos, para ser enviada ao Senado.

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