CartaExpressa
Pazuello: não seguimos orientações da OMS porque não éramos obrigados
‘Eles não impõem nada para nós. Somos soberanos’, disse o ex-ministro da Saúde em depoimento à CPI da Covid


O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello confirmou nesta quarta-feira 19, em depoimento à CPI da Covid, que o governo federal não seguia as recomendações da Organização Mundial de Saúde.
“A OMS e a OPAS estavam presente diariamente conosco no ministério. Eles não impõem nada para nós. Não somos obrigados a seguir nenhum tipo de orientação. Somos soberanos”, justificou o general.
“As posições da OMS não eram contínuas. Usávamos para amparar nosso processo decisório. Ficou decidido no país que medidas restritivas ficavam a cargo dos estados”, acrescentou o ex-ministro.
De acordo com Pazuello, as orientações seguidas eram as “do ministério”.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.