O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, têm empresas em paraísos fiscais. Eles mantiveram os empreendimentos após terem entrado para o governo do presidente Jair Bolsonaro, no início de 2019. A investigação é do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, em sua sigla em inglês). Ainda segundo a publicação, os dois nunca informaram sobre isso à opinião pública, apesar da relevância de seus cargos.
Guedes aparece como acionista da empresa Dreadnoughts International Group, registrada nas Ilhas Virgens Britânicas. Trata-se de uma shelf company, como são conhecidas no jargão financeiro: empresas fundadas em paraísos fiscais, mas que podem permanecer anos sem atividade à espera de que alguém lhes dê uma função.
Os documentos mostram que o ministro possuía em 2014 pelo menos 8 milhões de dólares investidos na companhia, registrada em seu nome e nos de sua mulher, Maria Cristina Bolívar Drumond Guedes, e filha, Paula Drumond Guedes. Esse número subiu para 9,5 milhões no ano seguinte, segundo os documentos obtidos pela investigação, liderada pela revista Piauí.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login