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Pastor bolsonarista nega que tenha sugerido matar LGBTs e alega ‘censura’ a cristãos
Após a repercussão negativa de sua declaração, André Valadão também atribuiu à imprensa a culpa por supostamente tirar a sua declaração de contexto


O pastor bolsonarista André Valadão publicou um vídeo, nesta segunda-feira 3, após a repercussão negativa de uma declaração feita em um culto no domingo onde proferiu ataques à comunidade LGBT.
Em culto realizado na Igreja da Lagoinha, em Orlando, nos Estados Unidos, o pastor insinuou que evangélicos deveriam matar a população LGBT+. “Agora é a hora de tomar as cordas de volta e dizer: Pode parar, reseta! Mas Deus fala que não pode mais”, afirma. “Ele diz, ‘já meti esse arco-íris aí. Se eu pudesse, matava tudo e começava de novo. Mas prometi que não posso’, agora tá com vocês”.
Em um novo comunicado, o pastor negou que a declaração tenha sido sobre matar pessoas. “Nunca será sobre matar, segregar, mas será sim sobre resetar, levar de volta a essência, ao princípio…. Sim, cabe ao que crê em Jesus levar a mensagem do recomeço, reset, reinício, nascer de novo e viver não mais para si, mas para Deus e suas leis”, escreveu, na legenda da postagem.
Em outro trecho do vídeo, ele ainda atribui à imprensa a responsabilidade de retirar a sua declaração de contexto. “Como a grande mídia se levanta para tentar gerar uma notícia onde você se constrange, é inibido, amedrontado”.
O pastor mencionou ainda uma suposta ‘censura’ aos cristãos que acreditam nas palavras de Deus. “Censura não. Tentam se estabelecer leis em que cada vez o cristão genuíno começa a ser considerado como um fora da lei por crer na palavra de Deus como fundamento da sua fé. Não podemos ser censurados, não podemos nos calar”.
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