A força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, que deixou de existir na última segunda-feira 1, custou 7,5 milhões de reais apenas em diárias e passagens desde sua criação. Desse montante, 3 milhões foram gastos com diárias para apenas cinco procuradores. Muitos dos membros do grupo nunca se instalaram de fato na capital paranaense, ou seja, se deslocavam à cidade a partir de outras localidades.
Segundo levantamento do site Poder360, o procurador Januário Paludo foi o que mais recebeu diárias, com mais de 712 mil reais, que se somam aos mais de 165 mil reais pagos em passagens. A seguir, aparecem os procuradores Antonio Carlos Welter, Orlando Martello Junior, Diogo Castor de Mattos e Carlos Fernando dos Santos Lima.
Como muitos dos procuradores não se mudaram para Curitiba, receberam benefícios como lavagem de roupas e refeições, além das diárias e das passagens. As benesses englobam, ainda, viagens ao exterior – 49, ao todo. À Suíça, por exemplo, foram seis idas. Até o ano passado, foram 2.585 deslocamentos nacionais e internacionais.
Em resposta ao Poder360, o Ministério Público Federal no Paraná argumentou que os gastos não infringem as regras do órgão. O MPF, no entanto, não explicou por que muitos procuradores não se mudaram para Curitiba, sede da principal força-tarefa da operação.
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