Passagem de Rafah é novamente fechada e brasileiros seguem sem previsão de travessia pelo Egito

Um grupo de 34 pessoas aguarda autorização para passar ao Egito; dois grupos estão alojados próximos da fronteira

Registro de um ataque israelense em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 9 de novembro de 2023. Créditos: SAID KHATIB / AFP

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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, comunicou que o grupo de brasileiros que tenta deixar a Faixa de Gaza em direção ao Egito não foi autorizado a fazer a travessia nesta sexta-feira 10 devido ao fechamento do posto de controle em Rafah, na fronteira.

Não foi dada uma previsão de quando a passagem será feita. “Nós estamos em contato reiterado com todas as partes, e temos certeza, esperamos, que esses nomes sejam autorizados a cruzar no mais rápido prazo possível”, destacou o ministro em coletiva concedida no Palácio do Planalto.

“Continuamos trabalhando constantemente com as autoridades dos países diretamente envolvidos, o presidente Lula tem sido muito ativo nesses telefonemas, e eu também tenho mantido esse contato constante”, completou.

O grupo é composto de 34 pessoas, entre brasileiros e pessoas próximas, sendo metade de menores de idade. Há dois grupos de 17 pessoas alojados na fronteira. O ministro ainda afirmou que a pasta tem garantido recursos materiais ao coletivo para subsistência.

Ainda durante a coletiva, Vieira negou que o governo brasileiro não tenha clareza sobre os motivos pelos quais os brasileiros têm ficado de fora das últimas listas de autorização. Uma última passagem foi permitida na quinta-feira 9, mas somente estrangeiros foram autorizados a passar.

“Nos meus contatos com o ministro do exterior de Israel e do Egito os contatos são muito claros e objetivos, expusemos desde o início a nossa preocupação com os cidadãos brasileiros e tivemos o compromisso de que seríamos atendidos e que os brasileiros seriam permitidos que saíssem. Tem que se ter em conta de que, até o momento, vários outros países tiveram parte de seus cidadãos removidos de Gaza. Do Brasil, não saiu nenhum, porque também é um grupo menor, mas nem por isso deixamos de ter todo o empenho e continuar falando e negociando com os dois lados”.


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