O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou na quinta-feira 12 que a volta das coligações partidárias é um ‘retrocesso’ e sinalizou que o projeto de reforma eleitoral aprovado pela Câmara dos Deputados pode ser reprovado pelos senadores. As declarações foram dadas em entrevista ao G1.
“Eu mantenho minha posição pessoal. Eu considero, sim, que é um retrocesso. Nós fizemos uma opção inteligente em 2017, e um dos itens é justamente o fim das coligações e, com a cláusula de desempenho, fará com que nós tenhamos menos partidos políticos e uma melhor representatividade na política”, afirmou Pacheco.
O presidente da Casa afirmou ver “uma tendência, no Senado, de estabelecer que as eleições de 2022 tenham que se dar com as mesmas regras que foram impostas com a reforma de 2017”. Segundo informou, antes de pautar o projeto, irá conversar com os líderes de partidos.
Após a aprovação do texto, Pacheco se reuniu com Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara. No encontro, Lira pediu que o projeto seja pautado no Senado assim que for recebido.
Também na quinta, a relatora do projeto na Câmara, Renata Abreu (Podemos-SP), disse temer que o texto seja barrado pelos senadores. A deputada chegou a afirmar que uma rejeição na Casa geraria ‘uma crise institucional’ no parlamento.
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