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Pacheco diz ser necessário relativizar teto de gastos para manter Auxílio e poder existir investimento no Brasil

O presidente do Senado, em palestra no RJ, comentou as articulações para a PEC de Transição e a reação do mercado financeiro

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em palestra para empresários e investidores, durante o evento ‘YPO Family Seminar’2022, no RJ - Foto: Reprodução
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou neste sábado 12, que o Congresso Nacional irá manter o teto de gastos e que é necessário relativizá-lo para manter o pagamento de R$ 600 do Auxílio Brasil em 2023. 

Durante uma palestra no Rio de Janeiro, no evento ‘YPO Family Seminar’ 2022, Pacheco disse que “essa relativização do teto de gastos vem sendo necessária ao longo do tempo, em razão de um conjunto de problemas que tivemos em função da pandemia”.

“É inegável que, com mais de 30 milhões de pessoas em estado de miséria, vamos precisar manter o Auxílio Brasil, ou o Bolsa Família, em R$ 600″, disse ele. “Assim como foi feito em 2020, 2021 e 2022, a fórmula é nós relativizarmos o teto exclusivamente para o programa social e permitir e haja espaço fiscal, inclusive para outras coisas de investimento no Brasil”, completou.

Em relação a postura do presidente eleito sobre o assunto, Pacheco diz que há um entendimento da funcionalidade do teto de gastos. “Lula, na época da campanha, antes da eleição, falava publicamente sobre a revogação do teto de gastos. E quando agora, eleito, o presidente afirma que existirá o teto de gastos e que ele será relativizado para o programa social especificamente”.

“Eu considero que há, inclusive, uma conquista que é a compreensão desse novo governo, de que o teto de gastos vai existir no nosso ordenamento jurídico e vai ser mantido na Constituição Federal”, afirma o presidente do Senado.

A PEC de Transição deve tirar o Auxílio Brasil do teto de gastos por ao menos quatro anos, a um custo de R$ 175 bilhões.

Reação do mercado financeiro

Em sua fala, Pacheco ainda comentou a reação do mercado a um pronunciamento do presidente eleito, no qual criticou “a tal estabilidade fiscal”. Para o senador, as reações à fala de Lula foram “um pouco desproporcionais”.

Além disso, o presidente do Senado reafirmou que o teto de gastos é importante para conter uma “gastança desenfreada e irresponsável”. “Evidentemente, um governo responsável e consciente não precisaria de teto de gastos, mas nós não podemos ficar à mercê da consciência de quem governa”, disse.

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