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Os militares têm que fiscalizar fronteiras e não urnas, diz Lula

A empresários, o ex-presidente reforçou a confiança que tem no processo eleitoral e afirmou que Bolsonaro não tem o direito de colocar a eleição sob suspeição

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante discurso no município pernambucano de Serra Talhada. Foto: Reprodução
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O ex-presidente Lula (PT) criticou, nesta terça-feira 9, a participação das Forças Armadas no processo eleitoral brasileiro. Os militares têm feito recorrentes questionamentos ao Tribunal Superior Eleitoral sobre o funcionamento das urnas eletrônicas no País.

“Que negócio é esse das Forças Armadas se meterem a fiscalizar a urna?”, questionou Lula em conversa com empresários na Federação da Indústria de São Paulo (Fiesp). “Os militares têm que fiscalizar nossas fronteiras, tomar conta de outra coisa”.

No evento, o petista reforçou a confiança que tem no processo eleitoral e afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não tem o direito de colocar a eleição sob suspeição.

“Eu sou grato porque fui eleito duas vezes pelo voto eletrônico, acho que se pudesse roubar eu não estaria lá”, disse o ex-presidente. “Em 2014, se pudessem roubar pelo voto eletrônico, certamente a Dilma não teria ganhado. E esse cidadão que é eleito desde 1998 pela urna eletrônica, qual o direito que ele tem de colocar em suspeição?”

Lula também condenou os ataques feitos por Bolsonaro à carta em defesa da democracia, que já ultrapassou as 800 mil assinaturas.

“Quem sabe a carta que ele gostaria de ter é uma carta feita por milicianos no Rio de Janeiro e não uma carta feita por empresários, intelectuais e sindicalistas defendendo um regime democrático”, declarou.

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