Os itens na pauta da viagem de Bolsonaro a Suriname e Guiana, na semana que vem

O presidente Jair Bolsonaro visitará o Suriname e a Guiana na semana que vem, segundo o Ministério das Relações Exteriores. O Itamaraty informa que o ex-capitão permanecerá em Paramaribo, capital do Suriname, entre 20 e 21 de janeiro. Ainda no dia 21, seguirá para Georgetown, capital da Guiana.

O último presidente a visitar ambos os países foi Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2005, ele viajou a Suriname e Guiana para encontros bilaterais e para a Conferência de Chefes de Governo da Comunidade do Caribe.

Bolsonaro deve se encontrar com os presidentes do Suriname, Chan Santokhi, e da Guiana, Irfaan Ali. Membros do governo brasileiro disseram ao jornal O Globo que o objetivo é estreitar laços em diversos temas, principalmente na área de energia.

À revista Veja, autoridades do Itamaraty destacaram que Suriname e Guiana descobriram jazidas de gás e petróleo nos últimos anos , o que possibilitaria, por exemplo, a construção de um gasoduto na região – possivelmente com participação brasileira na venda de serviços e equipamentos para exploração.

Em 2018, o governo da Guiana anunciou o descobrimento de uma grande jazida de petróleo de alta qualidade no poço Ranger-1 do bloco Stabroek, a cerca de 193 quilômetros do litoral. O então presidente David Granger disse que se tratava da 6ª descoberta de petróleo desde 2015 naquele jazigo.

O bloco Stabroek, que fica na bacia entre a Guiana e o Suriname, foi reconhecido pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos como a 2ª maior área do mundo com petróleo pouco explorado.

Também devem entrar na pauta da viagem de Bolsonaro discussões ligadas a acordos econômicos e à defesa na região de fronteira com o Brasil – em Roraima, Pará e Amapá.

Suriname e Guiana não são grandes parceiros comerciais do Brasil, que registrou exportações de 38,5 milhões de dólares em 2021 para o Suriname (1,2 milhão em importações). Com a Guiana, o comércio foi de 111,7 de dólares milhões exportados e 6,8 milhões importados.