CartaExpressa
‘Os 7 de Setembro passam e as instituições ficam’, diz Lewandowski sobre ameaças
Ministro do STF também descartou a possibilidade de golpe no País


O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, descartou a possibilidade de golpe no Brasil caso o presidente Jair Bolsonaro (PL) seja derrotado na eleição de outubro deste ano. Em Portugal, onde participa da 10ª edição do Fórum Jurídico de Lisboa, o magistrado garantiu que os vencedores do pleito tomarão posse normalmente.
“Não há nenhuma possibilidade de ruptura institucional no Brasil. O país tem instituições sólidas, que estão funcionando”, afirmou Lewandowski na segunda-feira 27 ao Correio Braziliense. “Desde a Constituição de 1988, nós passamos por diversas crises, dois impeachments, várias crises econômicas, decorrentes de problemas internacionais, mas estamos aguentando galhardamente”.
O ministro disse ainda que não há risco das eleições não ocorrerem e que o STF está preparado para lidar com a polarização que se instalou no País.
“É verdade que o país está dividido politicamente, mas isso, talvez, seja próprio de uma democracia. Claro que essa divisão deve se dar dentro dos limites da civilidade”, declarou.
O magistrado ainda comentou as ameaças que a Corte enfrenta e os riscos das manifestações bolsonaristas de 7 de setembro. “O Supremo não irá se intimidar de forma nenhuma. Não temos nenhuma preocupação. Os 7 de Setembro passam e as instituições ficam”.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.