Os parlamentares de oposição que integram a CPMI do 8 de Janeiro, enviaram à PGR, uma notícia-crime contra o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.
Os congressistas alegam que Dino “despreza as atribuições constitucionais” ao não fornecer as imagens internas do prédio do ministério no dia dos ataques extremistas do 8 de Janeiro.
No entanto, o ministro afirma que aguarda a autorização do Supremo Tribunal Federal para enviar as gravações à CPMI.
“Não houve negativa alguma. Isso é um disparate. O que nós fizemos foi endereçar a demanda para o local próprio, à luz da lei”, afirmou Dino, em entrevista a CartaCapital exibida exclusivamente para assinantes e membros do canal da revista no YouTube, na quarta-feira 2.
“Eu não posso, como ministro da Justiça, deixar de cumprir o Código de Processo Penal. Se você tem inquéritos em segredo de Justiça, quem é guardião desse sigilo não sou eu, é o Poder Judiciário. Isso é básico. Foi o que eu disse à CPI”.
Na notícia-crime enviada à PGR, os congressistas sustentam ainda que o governo estaria encobrindo as imagens.
“Considerando o avanço das investigações sobre atos e omissões de autoridades que integravam o Governo Federal no dia 8 de janeiro de 2023 (e que continuam ocupando postos estratégicos), inclusive ligadas ao Ministério da Justiça, fica bastante claro o elemento subjetivo do tipo, consistente na intenção de, possivelmente, encobrir as imagens para preservar agentes públicos que integram a cúpula do Poder”, diz trecho da ação.
Entre os doze signatários do documento estão os deputados Eduardo e Flávio Bolsonaro, Filipe Barros e Nikolas Ferreiras, todos do PL.
Leia a íntegra da ação:
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