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Oposição da Venezuela agradece Lula por questionar discurso de Maduro sobre eleições no país

Presidente venezuelano citou ‘banho de sangue’ ao tratar de uma possível derrota no pleito marcado para o próximo domingo; o Brasil acompanhará o processo via TSE e enviará Celso Amorim a Caracas

Oposição da Venezuela agradece Lula por questionar discurso de Maduro sobre eleições no país
Oposição da Venezuela agradece Lula por questionar discurso de Maduro sobre eleições no país
Edmundo Gonzalez Urrutia ao lado de Maria Corina Machado (esq.). Foto: Raul ARBOLEDA / AFP
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A oposição ao governo Nicolás Maduro, na Venezuela, agradeceu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que, na última segunda-feira 22, criticou o mandatário venezuelano por indicar que, em caso de derrota nas eleições marcadas para o próximo domingo, haveria um “banho de sangue no país”.

“Maduro precisa aprender que, quando se perde, é preciso respeitar o resultado e ir embora”, disse Lula em entrevista a agências internacionais, mencionando que ficou “assustado” com as declarações do venezuelano.

Em um ato de campanha na semana passada, Maduro deu o tom do que pretende fazer, caso perca as eleições. “Se não querem que a Venezuela caia em um banho de sangue, em uma guerra fratricida, devemos garantir a maior vitória da história eleitoral do nosso povo”, disse o venezuelano.

O principal candidato de oposição a Maduro, Edmundo González Urrutia, agradeceu as palavras do petista. Ele o fez através de uma postagem na rede X – antigo Twitter -, na noite de segunda-feira 22.

“Agradecemos às palavras do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, em respaldo a um processo eleitoral pacífico e amplamente respeitado na Venezuela”, sintetizou.

Urrutia também destacou que considera importante a ida do Secretário Especial da Presidência da República, Celso Amorim, a Caracas. O ex-ministro das Relações Exteriores vai acompanhar o pleito. “O mundo nos observa e acompanha”, mencionou Urrutia.

Antes da entrevista de Lula, Amorim se pronunciou sobre o discurso de Maduro. Em entrevista à rede GloboNews, ele frisou que a declaração “não é desejável”, embora não acredite que ela se materialize. “Não se fala em sangue na época da eleição. Na eleição, você fala em voto, e não fala em sangue”, frisou.

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