CartaExpressa

Operação no Rio de Janeiro mira policiais ligados ao bicheiro Rogério de Andrade

Ministério Público e Corregedoria da Polícia Civil cumprem mandados contra agentes suspeitos de integrar uma organização criminosa que negociava a liberação de presos em Bangu

Operação no Rio de Janeiro mira policiais ligados ao bicheiro Rogério de Andrade
Operação no Rio de Janeiro mira policiais ligados ao bicheiro Rogério de Andrade
Rogério de Andrade. Foto: Reprodução/TV Globo
Apoie Siga-nos no

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), em parceria com a Corregedoria da Polícia Civil, deflagrou, nesta quinta-feira 28, uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão contra três policiais civis e um agente penitenciário, suspeitos de integrar a organização criminosa liderada pelo bicheiro Rogério de Andrade, preso desde outubro.

A operação, coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), investiga a participação dos agentes em esquemas de exploração de caça-níqueis na Zona Oeste do Rio. Os agentes também atuaria, segundo a investigação, em negociações ilícitas para a liberação de criminosos presos em flagrante na 34ª Delegacia de Polícia, em Bangu.

Os mandados cumpridos nesta quinta-feira foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa da Capital. Os alvos estão localizados, segundo o MP, em Bangu, Realengo, Taquara e Vargem Pequena. As identidades dos policiais envolvidos no esquema ainda não foram confirmadas oficialmente.

A investigação ganhou força após a análise de um celular apreendido na 2ª fase da Operação Quarto Elemento, realizada ainda em 2018. A ação revelou o envolvimento dos policiais no esquema criminoso.

Rogério de Andrade, apontado como o maior bicheiro do Rio, foi preso em 29 de outubro, acusado pelo homicídio de Fernando de Miranda Iggnacio, seu parente e rival. A morte teria ocorrido na disputa pelo comando e território do crime.

No dia 12 de novembro, Andrade foi transferido para um presídio federal de segurança máxima em Mato Grosso do Sul, a pedido do Gaeco. O órgão alegou periculosidade e influência de Andrade na capital fluminense para a solicitação. A tese foi acatada.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo