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Operação Bad Vibes: polícia prende suspeitos de exploração sexual de crianças na internet
Alvos estão espalhados por 12 estados brasileiros; até aqui, nove pessoas foram presas em flagrante e há outros cinco mandados de prisão preventiva em andamento


O Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com as Polícias Civis de doze estados, deflagrou, nesta terça-feira 10, uma operação contra pessoas suspeitas da prática de exploração sexual de crianças e adolescentes na internet. A operação recebeu o nome de “Bad Vibes”.
De acordo com o chefe da pasta, Flávio Dino, as ações são coordenadas pelo Laboratório de Operações Cibernéticas (CIBERLAB). A operação ocorre nas seguintes unidades da Federação: Bahia, Ceará, Espírito Santos, Goiás, Pará, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.
Até o momento, já foram feitas nove prisões em flagrante. Cinco mandados de prisão temporária também foram cumpridos. Outros 36 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos na manhã de hoje.
Até o momento: 9 prisões em flagrante (Sergipe, Santa Catarina, Espírito Santo, Pará, Ceará, São Paulo); 5 prisões temporárias (Piauí). Operação integrada contra exploração sexual de crianças e adolescentes. https://t.co/huuYKadHik
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) October 10, 2023
As ações integradas tiveram início por meio de informações prestadas por uma agência ligada à Embaixada dos Estados Unidos, sediada em Brasília. A agência identificou que brasileiros faziam parte de grupos ligados ao aplicativo Viber. Nele, os suspeitos comercializavam materiais com conteúdo de abuso infantil, como vídeos e fotografias.
Segundo a legislação brasileira, a pena para quem armazena esse tipo de conteúdo vai de um a quatro anos de prisão. A pena é maior para quem compartilha: três a seis anos de prisão. Já para quem produz conteúdo ligado à exploração sexual de crianças e adolescentes, a pena varia de quatro a oito anos de prisão.
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