CartaExpressa
Onze partidos fecham posição contra voto impresso
A reunião ocorreu de forma virtual e colocou lado a lado legendas da base do governo e siglas independentes
Presidente de onze partidos se reuniram neste sábado 26 para fechar posição contra a proposta de voto impresso que tramita na Câmara dos Deputados. A reunião ocorreu de forma virtual e colocou lado a lado legendas da base do governo e siglas independentes. A informação é do portal Poder360.
Estiveram reunidos os presidentes do Avante, Cidadania, DEM, MDB, PL, PP, PSD, PSDB, PSL, Republicanos e Solidariedade. A posição definida pelo grupo é em favor do atual sistema com a urna eletrônica.
Roberto Freire, presidente do Cidadania, em entrevista ao portal, resumiu a decisão do grupo: “Somos a favor da manutenção do sistema atual, não é ser contra o voto impresso. Mas não tem porque mudar o sistema. Quem defende alterar está querendo perturbar”.
Os partidos ainda devem procurar o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, para formalizar o apoio ao sistema.
Voto impresso
O voto impresso é uma das principais bandeiras do presidente Jair Bolsonaro. A expectativa do Palácio do Planalto é de que a proposta seja aprovada logo no Congresso.
Nas últimas semanas, o presidente tem ampliado sua defesa pública ao modelo. A alegação é de que o atual sistema de urna eletrônica seria uma fraude e representaria riscos para as eleições de 2022.
Bolsonaro já disse em diversas ocasiões ter provas das fraudes, mas até o momento nada mostrou. Nesta quinta-feira 24, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, estipulou o prazo de 10 dias para que o presidente explique as declarações recentes e novas alegações de fraudes.
CartaCapital
Há 31 anos, a maior referência progressista em jornalismo no Brasil.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.