‘Obrigar os pais seria pior’, diz Queiroga sobre baixo alcance da vacinação infantil

Até esta segunda 7, apenas 18,8% das crianças de 5 a 11 anos receberam a 1ª dose do imunizante, segundo levantamento da GloboNews

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Apoie Siga-nos no

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, rejeitou mais uma vez nesta segunda-feira 7 obrigar os pais a vacinarem os filhos contra a Covid. Até aqui, apenas 18,8% das crianças de 5 a 11 anos receberam a 1ª dose do imunizante.

“É um tema mais sensível, as crianças. Essas vacinas foram desenvolvidas num curto espaço de tempo, e isso já é um grande avanço da ciência. E nós temos que avançar de maneira sustentada, trazendo os pais para buscar a vacinação – sem obrigá-los, porque é pior. Então vamos trabalhar para que todos possam exercer esse direito”, disse o ministro bolsonarista a jornalista, em Brasília.

Segundo levantamento realizado pela GloboNews, pouco mais de 3,7 milhões de crianças de 5 a 11 anos se vacinaram, de um total de 20 milhões nessa faixa etária. As informações se baseiam em dados das secretarias estaduais de Saúde.

Os estados que menos vacinaram as crianças até esta segunda são Paraíba (1,8%), Pará (1,9%) e Mato Grosso (2%). Já os que mais vacinaram são São Paulo (48%), Distrito Federal (30%) e Rio Grande do Norte (22,6%).

Estados como Rio de Janeiro, Goiás e Paraíba alegam desatualização de dados, já que alguns municípios teriam apresentado dificuldade para inserir os registros no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações.

Assim, os números reais podem ser superiores aos relatados pelas secretarias.


Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Relacionadas

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.