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O que se sabe sobre o depoimento do comandante do Exército Freire Gomes à PF

O general teria implicado diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro na tentativa de golpe de estado

O general Marco Antônio Freire Gomes. Foto: Divulgação/Exército
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O depoimento do ex-comandante do Exército, o general Marco Antonio Freire Gomes à Polícia Federal, na última sexta-feira 1, tem sido considerado ‘consistente’ e revelador por interlocutores ouvidos pela imprensa.

Durante a oitiva, o militar teria afirmado que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira teriam apresentado dois documentos com a minuta dos atos golpistas.

Ele também teria confirmado ter participado da reunião em que Bolsonaro expôs minuta golpista aos chefes militares. A declaração confirma o já delatado pelo ex-ajudante de ordens do presidente, Mauro Cid.

O general foi ouvido por oito horas pela Polícia Federal e a íntegra do depoimento segue em sigilo.

Como comandante do Exército, Freire Gomes tratava diretamente com o então ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, e com Jair Bolsonaro em reuniões com a presença de comandantes da Marinha, almirante Almir Garnier, e o da Força Aérea Brasileira (FAB), tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Júnior.

Baptista Júnior também disse à PF ter participado de reuniões onde foram discutidos os termos da chamada “minuta do golpe”. Ele foi ouvido como testemunha no curso das investigações no dia 16 de fevereiro, 14 dias antes de Freire Gomes.

Os comandantes implicaram diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na tentativa de golpe de estado. As declarações corroboram com o fato de a Polícia Federal ter encontrado a minuta do golpe no gabinete do ex-presidente dentro do Partido Liberal.

No curso das investigações, Mauro Cid deve ser inquirido novamente para prestar novos esclarecimentos. Os depoimentos colhidos são mais uma fase da operação da PF que investiga uma suposta trama golpista, que já contou com ações de busca e apreensão, e análise de celulares dos suspeitos.

A expectativa é a de que o indiciamento dos culpados ocorra até o meio do ano.

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