O Ministério do Planejamento e Orçamento, em nota, comentou os resultados da inflação divulgados na manhã desta quarta-feira 7 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No documento, a pasta comandada por Simone Tebet celebrou os números abaixo do que o mercado financeiro havia projetado para o mês.
Segundo o instituto, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio ficou em 0,23%, uma forte desaceleração quando comparado ao mês anterior. Diante das projeções do mercado, que apontavam para um IPCA de 0,33% (Bloomberg) e 0,37% (Focus), o saldo também foi positivo. Nos últimos 12 meses o índice é de 3,94%. A projeção, novamente, estava acima, fixada em 4,04%.
Diante dos resultados, o Ministério celebrou e avaliou como uma comprovação de que há um processo de controle da inflação em curso no País. O fato pressiona ainda mais o Banco Central para reduzir a taxa básica de juros, fixada em 13,75%.
“A inflação acumulada em 12 meses (anual) foi de 3,94%, valor abaixo ao ocorrido no mês de abril (4,18%) e ao projetado pelo mercado (4,04%), segundo a Bloomberg. Há um processo de desaceleração da inflação acumulada”, diz a pasta em nota.
No comunicado, o Ministério acrescenta que é de se esperar que, nos próximos meses, o indicador tenha um aumento causado pelo efeito base, mas que, como os índices têm acumulado desacelerações maiores do que as projetadas, a afirmação segue válida.
“É fato que haverá um aumento deste indicador a partir de julho, devido ao efeito base, mas deve-se destacar que os resultados divulgados são inferiores ao projetado pelo mercado e que o processo desinflacionário está ocorrendo”, diz o texto de avaliação do índice.
O efeito base citado se trata do fato de que em julho, agosto e setembro do ano passado houve deflação puxada pela desoneração de itens essenciais ao longo da corrida eleitoral. No comparativo, portanto, haverá alta causada pelas ações eleitoreiras na gestão anterior.
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