O grupo técnico criado pelo Ministério Público Federal para acompanhar as investigações dos atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília, traçou um perfil dos responsáveis por invadir e depredar as sedes dos Três Poderes.
De acordo com o levantamento, metade dos cerca de mil presos pelo quebra-quebra recebeu auxílio emergencial durante a pandemia de Covid-19. O benefício foi criado com o objetivo de reduzir os impactos econômicos da emergência sanitária em famílias vulneráveis.
Cerca de 60% dos bolsonaristas detidos são homens e a maioria tem entre 36 e 55 anos. Entre os presos também estão ex-candidatos a cargos públicos, filiados a partidos políticos (menos de um quinto) e prestadores de serviços em campanhas eleitorais.
Criado em 16 de janeiro, o grupo do MPF é composto por peritos e especialistas em tecnologia da informação. A sua principal atribuição é levantar, coletar e analisar provas digitais em diversos bancos de dados, a fim de subsidiar os trabalhos de apuração da Procuradoria-Geral da República.
Ao todo, o órgão já apresentou mais de 800 denúncias contra envolvidos nos atos golpistas. As investigações do MPF se concentram em quatro frentes:
- responsáveis pela depredação das dependências do Planalto, do Congresso e do Supremo;
- autores intelectuais e autoridades que incentivaram atos antidemocráticos;
- financiadores dos ataques golpistas; e
- agentes públicos que se omitiram diante da invasão bolsonarista.
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