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O País não pode aceitar cidadãos morrendo sufocados, dizem prefeitos a Bolsonaro

Em carta, Conselho Nacional de Municípios exige que o presidente assuma a coordenação nacional do enfrentamento à Covid-19

O País não pode aceitar cidadãos morrendo sufocados, dizem prefeitos a Bolsonaro
O País não pode aceitar cidadãos morrendo sufocados, dizem prefeitos a Bolsonaro
Foto: Michael DANTAS/AFP
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O Conselho Nacional de Municípios divulgou, na terça-feira 23, uma carta enviada ao presidente Jair Bolsonaro em que pede uma coordenação nacional de enfrentamento à Covid-19.

No documento, os prefeitos afirmam que “não cabe transferência de responsabilidades neste momento dramático”.

“O presidente da República deve estar pessoalmente empenhado na execução de campanha de comunicação em prol da eficácia e da segurança das vacinas, além da defesa das medidas não farmacológicas, como o distanciamento social, o uso de máscaras e álcool gel, que vêm sendo adotadas em todo o país por Estados e Municípios. Faz-se urgente também a implementação de medidas pela União nas atividades de âmbito nacional, dando maior efetividade às ações dos demais Entes federados”, diz o ofício.

“Urgem ações emergenciais para o fomento à produção e à importação de neurobloqueadores e oxigênio, além de uma operação logística nacional para o monitoramento e o remanejamento desses insumos no território. Uma nação não pode aceitar cidadãos morrendo sufocados ou tendo que suportar dores indescritíveis decorrentes de intubação sem anestesia. O Brasil está em guerra contra o vírus e, na guerra, todos têm responsabilidades. A União precisa reorientar as plantas produtivas à disposição no país e, mais do que nunca, mobilizar a diplomacia internacional a fim de garantir as condições necessárias, para responder a esta batalha”, acrescenta o texto que é assinado por Glademir Aroldi, presidente do CNM.

O documento foi divulgado no dia que o Brasil, pela primeira vez, registrou mais de três mil mortes por Covid-19 em 24 horas.

Leia o documento na íntegra.

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