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O capo da quadrilha escolheu o silêncio dos mafiosos, diz Renan sobre dono da Precisa

O relator da CPI da Covid disse, porém, que o trabalho dos senadores não depende apenas de depoimentos

Foto: Pedro França/Agência Senado
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O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), criticou a postura do dono da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, em seu depoimento à comissão nesta quinta-feira 19. O empresário não quis prestar o juramento de dizer a verdade e optou por não responder à maioria das perguntas.

“A CPI tentou ouvir o capo da quadrilha que pretendia assaltar os cofres públicos em R$1,6 bi na Covaxin. Novamente o silêncio dos mafiosos. O contrato foi cancelado após as revelações da CPI. Mas não dependemos só de depoimentos para encontrar os responsáveis. Documentos falam alto”, escreveu Calheiros nas redes sociais.

A Precisa é a empresa que intermediou as negociações entre o governo de Jair Bolsonaro e o laboratório indiano Bharat Biotech por 20 milhões de doses da vacina Covaxin. Em uma das poucas oportunidades em que decidiu se pronunciar, Maximiano negou influência na aprovação de uma lei no Congresso para destravar a importação do imunizante. A sugestão foi aprovada após emenda apresentada pelo líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), investigado pela CPI.

Maximiano admitiu conhecer Barros e ter interesse na emenda, mas rechaçou interferência. “Por óbvio tornava a Covaxin elegível, também como outras autoridades, mas não houve absolutamente nenhum contato com o deputado Ricardo Barros e tampouco com outro para fazer essa inclusão”, afirmou.

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