CartaExpressa

Outro vídeo de Bolsonaro associando meninas venezuelanas a prostituição repercute nas redes

Nesta terça-feira, o presidente tentou minimizar o impacto negativo em torno do caso e afirmou que suas palavras foram ‘tiradas de contexto’

Outro vídeo de Bolsonaro associando meninas venezuelanas a prostituição repercute nas redes
Outro vídeo de Bolsonaro associando meninas venezuelanas a prostituição repercute nas redes
Créditos: Reprodução
Apoie Siga-nos no

O presidente Jair Bolsonaro já tinha mencionado anteriormente o caso das meninas venezuelanas expostas a situação de abuso sexual. Em uma entrevista concedida ao podcast Collab, no mês passado, o ex-capitão contou a mesma história que descreveu ao canal Paparazzo Rubro-Negro, na sexta feira.

Ao narrar a visita a uma casa no bairro de São Sebastião (DF), Bolsonaro deu a entender que a residência se tratava de uma ocupação de meninas que estariam ali “pra fazer programa”.

“Em 2020, eu estava em São Sebastião (DF), parei numa esquina, tirei o capacete, daí eu olhei pra trás tinha umas duas, três meninas bonitinhas, de uns 14, 15 anos de idade. Me chamou a atenção. Menina bonitinha, sábado. E por que chamou a atenção? Eram parecidas”, conta.

“Daí eu vi que apareceu mais uma, mais outra, daí eu desci da moto. Posso entrar? Entrei. Tinhas umas 15 meninas dessa faixa etária, 14, 15, 16 anos. Todas muito bem arrumadas, tinham tomado banho, fazendo o cabelo, venezuelanas. Estavam se arrumando pra quê? Alguém tem ideia? Quer que eu fale? Pra fazer programa. Ces acham que elas queriam fazer isso? Qual a fonte de sobrevivência delas? Essa”, acrescenta.

Nesta terça-feira 18, Bolsonaro gravou um vídeo tentando minimizar o impacto negativo em torno do caso. Na versão mais recente da história contada pelo ex-capitão ela chega a usar a expressão ‘pintou um clima’ para justificar o porquê desembarcou da moto.

Em um um vídeo gravado ao lado da esposa e primeira-dama Michelle Bolsonaro, o presidente mencionou ‘má-fé’ e disse que as palavras deles foram tiradas de contexto, e que sua narrativa refletia preocupação com exploração de mulheres vulneráveis.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo