CartaExpressa

Novo partido de Moro é um dos mais fiéis a Bolsonaro no Congresso

Levantamento indica que o Podemos votou com o presidente em 80% das vezes na Câmara e no Senado

Novo partido de Moro é um dos mais fiéis a Bolsonaro no Congresso
Novo partido de Moro é um dos mais fiéis a Bolsonaro no Congresso
Foto: Marcos Corrêa/PR
Apoie Siga-nos no

O ex-juiz Sergio Moro anunciou sua filiação ao Podemos para o próximo dia 10 de novembro com a promessa de se distanciar ainda mais de Jair Bolsonaro, de quem foi ministro por mais de um ano e se tornou adversário desde que deixou o cargo. Um levantamento do Congresso em Foco, no entanto, mostra que, na prática, o partido escolhido por Moro para abrigar sua candidatura ao Planalto em 2022 é um dos mais fiéis ao presidente.

De acordo com o site, em 80% das votações nos últimos três anos, o nova legenda do ex-juiz votou alinhada com Bolsonaro. Na Câmara, a sigla é mais fiel e acompanha o atual presidente em 81% das ocasiões. Já no Senado, o voto em favor das pautas bolsonaristas ocorreu em 78% das oportunidades.

Pela metodologia do levantamento é considerado base do governo todo o partido que acompanha o presidente em mais de 75% das ocasiões. O Podemos, portanto, é um dos integrantes da base, ainda que o discurso da legenda e de Moro busque se colocar na chamada terceira via.

Entre os parlamentares do Podemos, há nomes publicamente bolsonaristas, como Eduardo Girão (CE), representante da tropa de choque de Bolsonaro na CPI da Covid, e Marcos do Val (ES), outro defensor do presidente na comissão. O mais alinhado, de acordo com o levantamento, é o deputado José Medeiros (MT), que acompanhou o presidente em 97% das votações. O menos alinhado é o deputado Bacelar (BA), que só votou com Bolsonaro em 29% das ocasiões.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo