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Nova superintendente do Ibama do Acre é contra aplicação de multas ambientais

Publicações nas redes sociais de Helen Cavalcante mostra que advogada considera autos de infração ‘abusividades’

(Foto: Reprodução/Instagram)
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O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, nomeou nesta quarta-feira 03 a nova superintendente do Ibama no estado do Acre – a advogada Helen de Freitas Cavalcante, conforme informado pelo Diário Oficial da União.

Helen cuidará de todo o operacional do órgão ambiental no estado, incluindo a aplicação de multas e infrações, uma atividade chave do Ibama – e que foi criticada pela nova superintendente em um vídeo publicado em sua página no Instagram.

“Você tá lá na sua terrinha, produzindo, trabalhando, de repente você recebe uma visita do fiscal do Ibama. Você é multado e acha que fica só nisso aí, uma multa do Ibama, um termo de embargo dizendo ‘não faça mais nada na sua área’. Você procura um advogado, mas ele não te explica, mas essa multa vai lhe gerar muitas consequências.”, discursa Helen na gravação, enquanto aponta para um cartaz do órgão.

“Acha que fica só por isso mesmo… não sabe a verdadeira via sacra que ainda irá cumprir”, escreve Helen na postagem.

Advogada com formação em Direito Ambiental, ela também destaca competências em Gestão de Emoções, cursos como “Adeus Procrastinação” e outros sobre “coaching de lideranças”, de acordo com informações de seu perfil nas redes sociais.

 

Em outra postagem, ela dá dicas para a contratação de um advogado ambiental que reverta a aplicação da punição: “Com uma assistência jurídica especializada, não será a Justiça que lhe citará como um executado em uma execução fiscal da multa do Ibama, mas você como autor de uma ação anulatória do auto do Ibama, mandará citar o Ibama a respeito das dispostas nulidades e abusividades cometidas. ”

Em nota, Helen nega que suas publicações tenham tom anti-ambiental.

“Um dos pilares do exercício da advocacia é trazer a população em geral informações a respeito dos seus direitos. Na região em que atuava existem [produtores de] agricultura familiar, essas pessoas não tem instrução. Desta forma, muitas vezes deixavam de se defender e não sabiam as consequências que um auto de infração poderia gerar”, afirma.

“Os anos de experiência atuando na área ambiental só acrescentam lisura aos atos perpetrados, pois é necessário um pessoa tecnicamente preparada para a condução do órgão.”, complementou.

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