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‘Nós não podemos aceitar’, diz ministra das mulheres sobre PL do aborto

Câmara dos Deputados aprovou a tramitação em regime de urgência do projeto de lei que trata do aborto

‘Nós não podemos aceitar’, diz ministra das mulheres sobre PL do aborto
‘Nós não podemos aceitar’, diz ministra das mulheres sobre PL do aborto
A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves – Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
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A ministra das mulheres, Cida Gonçalves, criticou nesta quinta-feira 13 o projeto de lei que equipara ao crime de homicídio a realização de aborto após a 22ª semana de gestação. Ela afirmou ainda que o presidente Lula (PT) não pretende mudar a legislação que trata do assunto.

“Nós não podemos aceitar que o pouco que nós temos de garantia de direito para meninas e mulheres seja destruído nesse momento”, declarou a ministra em entrevista à CNN Brasil. Para ela, o PL é inconstitucional e, por isso, “ele não pode nem entrar em votação”.

A Câmara dos Deputados aprovou em votação simbólica, nesta quarta-feira 12, a tramitação em regime de urgência do projeto de lei que trata do aborto.

A votação relâmpago surpreendeu até mesmo os parlamentares. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), anunciou um “acordo” e, em menos de um minuto, abriu a votação simbólica e proclamou a aprovação.

Ele não informou, porém, o número do requerimento ou o tema em análise. Posteriormente, deputados de PCdoB, PSOL e PT pediram para registrar votos contrários à urgência.

Com a aprovação, o PL não tem mais de passar pelas comissões temáticas e pode chegar diretamente chegar ao plenário.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), entretanto, afirmou que, caso a medida chegue à Casa Alta, terá um rito que dialogue com a sociedade.

“Uma matéria dessa natureza jamais iria direto ao plenário do Senado Federal. Deve ser submetida às comissões próprias e ouvir as mulheres do Senado”, disse.

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