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‘Nós, militares, somos a esperança da garantia da liberdade’, diz Bolsonaro no Rio
Em cerimônia militar, o ex-capitão ainda declarou que as Forças Armadas, ‘há pouco tempo esquecidas, hoje voltam ao cenário nacional’


O presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado 11 que as Forças Armadas, “há pouco tempo esquecidas, hoje voltam ao cenário nacional” e que os militares – inclusive ele – são “a esperança da garantia da nossa liberdade”. O ex-capitão participou de cerimônia na Escola Naval do Rio de Janeiro.
“Tenham a certeza de que sempre estaremos ao lado da democracia e juramos dar a vida não só pela Pátria, mas também pela nossa liberdade, o bem maior com que cada um de nós pode contar”, alegou. Nos últimos dias, os bolsonaristas reforçaram em discursos o apelo ao que consideram “liberdade”, em especial no âmbito do chamado passaporte da vacina.
No evento, Bolsonaro ainda afirmou que entregará um País melhor “bem lá na frente”.
Na terça-feira 7, o presidente classificou como “coleira” o passaporte da vacina e mentiu sobre recomendações da Anvisa ao afirmar que o órgão teria sugerido “fechar o espaço aéreo” do País. Dois dias depois, elogiou Rondônia, estado em que os deputados aprovaram uma lei que proíbe a exigência do comprovante de vacinação.
Bolsonaro foi seguido pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Na terça 7, ele parafraseou o ex-capitão – “é melhor perder a vida que a liberdade” – e passou os dias seguintes na tentativa de se explicar. Na sexta 10, porém, provocou nova polêmica ao recorrer ao Hino da Independência.
“Está no Hino da Independência, né? Ou ficar a Pátria livre ou morrer pelo Brasil. E o sol da liberdade em raios fúlgidos. Vamos parar com essas polêmicas”, disse Queiroga a jornalistas, na porta do Ministério da Saúde.
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