No Senado, assessor de Bolsonaro faz gesto associado a supremacistas; Randolfe aciona a Polícia

'Não aceitamos que um capacho do presidente da República venha ao Senado nos desrespeitar', afirmou o senador da Rede-AP

Foto: Reprodução/TV Justiça

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O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) denunciou nesta quarta-feira 24 um gesto obsceno feito pelo assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Filipe Martins. O parlamentar chegou a solicitar a ação da Polícia Legislativa.

“Eu não sei qual o sentido do gesto do senhor Filipe, era bom que ele explicasse, mas isso é inaceitável, em uma sessão do Senado Federal, durante a fala do presidente do Senado, um senhor estar procedendo de gestos obscenos, estar ironizando o pronunciamento do presidente da nossa Casa. Não, presidente, isso é inaceitável, é intolerável”, afirmou Randolfe durante a sessão.

Filipe Martins acompanhava no Senado a sessão em que o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, explicava a atuação de sua pasta na compra de vacinas contra a Covid-19. O gesto do assessor foi associado ao de supremacistas brancos.

Randolfe pediu que Martins fosse expulso da sessão e autuado pela Polícia Legislativa. “Isso é inaceitável. Basta o desrespeito que esse governo está tendo com mais de 300 mil mortes a esta altura. Não aceitamos que um capacho do presidente da República venha ao Senado, durante a fala do presidente do Senado, nos desrespeitar”.

O gesto de ‘ok’ tem sido difundido nos Estados Unidos por grupos supremacistas, de extrema-direita. Um deles é o Proud Boys, que participou da invasão ao Capitólio em janeiro.

Pelas redes sociais, Filipe Martins negou a intepretação. “Um aviso aos palhaços que desejam emplacar a tese de que eu, um judeu, sou simpático ao ‘supremacismo branco’ porque em suas mentes doentias enxergaram um gesto autoritário numa imagem que me mostra ajeitando a lapela do meu terno: serão processados e responsabilizados; um a um”, escreveu.


 

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