CartaExpressa

No Mato Grosso, prefeito tenta proibir debates e livros sobre sexualidade

O prefeito de Sinop, Roberto Dorner, diz que a medida defenderá os cidadãos da suposta ameaça da ‘desconstrução da família e do casamento tradicional’

No Mato Grosso, prefeito tenta proibir debates e livros sobre sexualidade
No Mato Grosso, prefeito tenta proibir debates e livros sobre sexualidade
Créditos: Prefeitura de Sinop
Apoie Siga-nos no

Uma cidade do Mato Grosso corre o risco de ter impedido o livre debate sobre gênero e sexualidade. O prefeito de Sinop, Roberto Dorner (Republicanos), sancionou uma lei proibindo debates públicos sobre sexualidade e direitos sexuais e reprodutivos. O motivo, segundo ele? Poupar os munícipes das supostas ameaças da ‘desconstrução da família e do casamento tradicional’.

Na lei sancionada dia 9 de março, o prefeito proíbe a distribuição de materiais ‘contendo manifestação ou mensagem subliminar da ideologia de gênero‘ em locais públicos e privados ou por instituições da rede municipal de ensino.

Estão entre os itens proibidos: livros, publicações, palestras, folders, cartazes, filmes, vídeos, faixas ou qualquer tipo de material lúdico, didático ou paradidático, físico ou digital.

“O material é todo aquele que inclui em seu conteúdo informações sobre a prática de orientação ou opção sexual, da ideologia de gênero, de direitos sexuais e reprodutivos, da sexualidade polifórmica, da desconstrução da família, e do casamento tradicional, ou qualquer manifestação da ideologia de gênero”, grafa a legislação.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo