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‘Não vão nos calar’, diz Boulos após ser intimado pela PF por tweet contra Bolsonaro

‘Tornei-me mais um dos opositores ao bolsonarismo a ser enquadrado na Lei de Segurança Nacional’, declarou o líder do MTST

Foto: Reprodução/Redes Sociais
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O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos (PSOL), reagiu nesta quarta-feira 29 à decisão da Polícia Federal de intimá-lo a prestar depoimento no âmbito de um inquérito aberto com base na Lei de Segurança Nacional. Boulos é acusado de ‘ameaçar’ o presidente Jair Bolsonaro em uma publicação nas redes sociais.

“Tornei-me mais um dos opositores ao bolsonarismo a ser enquadrado na Lei de Segurança Nacional, este resquício da ditadura que vem servindo ao governo para perseguir e tentar calar aqueles que denunciam suas ações imorais e ilegais”, afirmou Boulos por meio de nota.

“Chega a ser irônico que eu esteja sendo alvo de um inquérito policial por suspeita de ter ameaçado o presidente ao ter feito um comentário rebatendo uma frase proferida por Bolsonaro (“Eu sou a Constituição!”) a qual, ela sim, representa uma ameaça às instituições e à ordem constitucional no nosso País”, acrescentou.

Boulos confirmou que prestará depoimento em São Paulo no próximo dia 29 e disse que seguirá “cada vez mais determinado na oposição a Bolsonaro, fazendo todas as críticas a ele e a seu governo de forma pública e direta. Não vamos aceitar intimidações. Não vão nos calar”.

O candidato do PSOL à prefeitura da capital paulista nas últimas eleições é acusado de ‘ameaçar’ Bolsonaro ao escrever no Twitter, em 20 de abril do ano passado: “Um lembrete para Bolsonaro: a dinastia de Luís XIV terminou na guilhotina…”.

Naquele dia, o presidente afirmou: “Eu sou, realmente, a Constituição”. Imediatamente surgiram as associações com uma declaração atribuída ao rei Luis XIV, da França: “O Estado sou eu”.

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