CartaExpressa

Não sei a quem Campos Neto serve, mas não é aos interesses do Brasil, diz Lula

O petista reforçou as críticas ao presidente do Banco Central em dia de reunião do Copom

Não sei a quem Campos Neto serve, mas não é aos interesses do Brasil, diz Lula
Não sei a quem Campos Neto serve, mas não é aos interesses do Brasil, diz Lula
O presidente Lula (PT). Foto: Evaristo Sá/AFP
Apoie Siga-nos no

O presidente Lula reforçou nesta quarta-feira 2 suas críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante um café da manhã com correspondentes estrangeiros.

No dia em que o Comitê de Política Monetária do BC definirá se mantém ou altera a taxa básica de juros, Lula se referiu a Campos Neto como “esse rapaz”. A Selic está em 13,75% ao ano desde agosto de 2022, apesar de indicadores como a inflação terem melhorado nos últimos meses.

A postura da autoridade monetária provoca revolta em ministros e no presidente, que veem o nível dos juros como um obstáculo para o crescimento econômico.

“Quando a inflação cai e o juros não caem, significa que aumenta a taxa de juros, e o Brasil tem hoje a maior taxa de juros real do mundo, sem nenhuma explicação”, afirmou Lula nesta terça, citado pelo G1. “Acontece que esse rapaz que está no Banco Central, não sei do que ele entende, mas ele não entende de Brasil e não entende de povo. Então, tem uma lógica. Eu não sei a quem que ele está servindo, não sei, sinceramente eu não sei. Aos interesses do Brasil, não é.

Apesar disso, Lula disse esperar que o Copom tome nesta quarta “a decisão que já deveria ter tomado há três reuniões: de reduzir a taxa de juros, porque não tem explicação”. Ele também assegurou que o Brasil “continuará crescendo” e oferecerá “uma boa surpresa”.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo