CartaExpressa

‘Não sabia’: a reação de Mendonça após usar informação errada contra o porte de maconha

Ainda sem maioria formada, o STF voltará a julgar o caso na próxima terça-feira 25

‘Não sabia’: a reação de Mendonça após usar informação errada contra o porte de maconha
‘Não sabia’: a reação de Mendonça após usar informação errada contra o porte de maconha
Ministro André Mendonça durante a sessão da Segunda Turma do STF realizada em 11 de junho de 2024 no STF. Foto: Andressa Anholete/SCO/STF
Apoie Siga-nos no

O ministro do Supremo Tribunal Federal André Mendonça afirmou na última quinta-feira 20, no plenário, que a Corte brasileira seria a primeira no mundo a descriminalizar o uso de maconha. Trata-se, porém, de uma informação errada, uma vez o Judiciário já afastou a criminalização na Colômbia, na Argentina e no México, cada um com suas próprias regras.

“Nenhum país fez por isso decisão judicial, nenhum”, disse Mendonça no início da sessão, em um momento de tensão com o presidente do STF, Luís Roberto Barroso. “Estamos passando por cima do legislador, caso essa votação prevaleça com a maioria que hoje está estabelecida.”

Partiu de Mendonça um dos três votos no STF que consideram constitucionais as punições da Lei de Drogas, enquanto outros cinco ministros declararam inconstitucional o enquadramento do porte de maconha para uso pessoal como crime. Já Dias Toffoli abriu uma terceira corrente, em uma espécie de meio-termo. O julgamento continuará na próxima terça 25.

Na sexta-feira 21, questionado pela Folha de S.Paulo sobre a informação errada no Supremo, Mendonça afirmou que “não sabia”. Reforçou, porém, sua crítica de que os ministros praticam neste caso um “ativismo judicial”, ao invadir uma responsabilidade do Legislativo.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo