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Não podemos considerar Alckmin um aliado, diz presidente do PSOL
Juliano Medeiros avalia que o ex-governador de São Paulo tem concepções ‘nada a ver com as tarefas necessárias para superar a crise’
Favorável a uma união com o PT na eleição presidencial de 2022, o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, voltou a criticar publicamente a possibilidade de que o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, de saída do PSDB, seja candidato a vice de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo Medeiros, Alckmin representa o programa derrotado por Dilma Rousseff (PT) na disputa contra Aécio Neves (PSDB) mas executado após o impeachment de 2016.
“Você não pode ter como vice alguém que compartilha, que defende, que apoia um determinado programa que foi derrotado nas eleições de 2014 e que foi imposto pela força através do golpe parlamentar de 2016”, disse Medeiros, em entrevista no Twitter à página Central Eleitoral, nesta segunda-feira 13.
Medeiros sugeriu que programas econômicos, como a mudança do sistema tributário, podem não ocorrer se houver composição com o ex-governador paulista.
“Acho um contrassenso considerar a hipótese de o Alckmin ser vice de uma chapa. E não é porque ele foi do PSDB. Daqui a pouco vai ser do PSB ou do PSD. É porque ele realmente defende e tem uma concepção de mundo que não tem nada a ver com aquelas que, do meu ponto de vista, são as tarefas necessárias para superar a crise”, declarou. “Não podemos considerar que o Alckmin é parceiro, é aliado.”
A construção de uma candidatura única do PSOL, porém, não seria ainda a melhor tática para a legenda, disse ele. O congresso da sigla realizado em setembro deixou para o ano que vem a decisão final. Por ora, a alternativa de lançar o deputado federal Glauber Braga (RJ) como pré-candidato à Presidência é minoritária.
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