O ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, tentou se defender das críticas por se somar ao grupo que defende o voto impresso, uma obsessão do presidente Jair Bolsonaro.
Em audiência na Câmara nesta terça-feira 17, o militar negou ter ameaçado a realização das eleições de 2022 e disse que, “hoje em dia que, se a pessoa tem uma posição diferente, ela é criminalizada”.
“Isso virou uma batalha de vida ou morte, é uma questão de posição, de opinião”, acrescentou Braga Netto. A seguir, foi questionado sobre o que pensa a respeito do sistema eleitoral, mas tergiversou.
“Eu não vou dizer se sou a favor ou não, não estou aqui para emitir opiniões, estou aqui para esclarecer as posições dadas pelas Forças Armadas”, respondeu.
Em julho, o jornal O Estado de S.Paulo informou que Braga Netto declarou a um importante interlocutor político do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que ele dissesse ” a quem interessar” que as Forças Armadas não estarão dispostas a permitir a realização do pleito de 2022 sem a adoção do voto impresso. A PEC do Voto Impresso, de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF), porém, foi rejeitada pela Câmara na semana passada.
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