Mulher trans negra é agredida por agentes da GCM na Cracolândia

Uma mulher negra e transexual foi agredida por um agente da Guarda Civil Metropolitana (GCM) na quinta-feira 30 durante abordagem na região da Cracolândia, localizada no centro de São Paulo. No vídeo, gravado por uma professora que estava no local, é possível ver o momento em

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Uma mulher negra e transexual foi agredida por um agente da Guarda Civil Metropolitana (GCM) na quinta-feira 30 durante abordagem na região da Cracolândia, localizada no centro de São Paulo.

No vídeo, gravado por uma professora que estava no local, é possível ver o momento em que o guarda quebra o cassetete nas costas de Laurah Cruz, de 33 anos.

Nas redes sociais, a ativista conta que passou em frente à viatura da GCM quando foi retirar doações para um coletivo que acolhe mulheres cis e trans em vulnerabilidade social. Ao voltar pelo mesmo caminho com uma sacola, os guardas pediram que ela mostrasse o conteúdo.

As agressões verbais e físicas começaram quando ela virou o conteúdo das sacolas em direção ao chão. O vídeo mostra o momento em que o guarda grita “volta aqui, senão eu te arrebento” e disfere golpes contra ela até quebrar o equipamento. Aos gritos, a vítima acusa o GCM de transfobia e racismo após ter spray de pimenta jogado em no rosto. “Homofóbico, homofóbico, é isso que você é”, diz Laurah no vídeo, enquanto é revistada outro agente.

Além da violência, ela foi obrigada a levantar o vestido e expor suas partes íntimas durante a revista. Ao dizer que levaria o caso à corregedoria, foi intimidada: “disseram nada ia acontecer […] que eu deveria estar acostumada com a abordagem por estar no território da Cracolândia”.

Nesta sexta-feira 1, a presidenta da CPI sobre violência contra a população trans, Erika Hilton, afirmou que a Comissão vai investigar os agentes envolvidos na agressão e ouvirá a vítima na próxima sessão, que ocorre no dia 15 de outubro.


Assista ao vídeo:

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