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Mulher negra é expulsa de voo por agentes da PF após problemas para acomodar bagagem

Vídeo mostra o momento em que três agentes da PF entram no avião para retirar a passageira sob a alegação de que a mulher colocava em risco a segurança da aeronave

Créditos: Reprodução
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Uma mulher negra foi expulsa de uma aeronave da Gol por determinação do comandante da companhia. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que três agentes da Polícia Federal entram no avião para retirar a passageira sob a alegação de que a mulher colocava em risco a segurança da aeronave.

O caso aconteceu na sexta-feira 27 em um voo que faria o trajeto de Salvador a São Paulo.

O impasse começou quando a passageira Samantha Vitena teve dificuldades de acomodar a sua bagagem de mão no interior da aeronave por falta de espaço. Diante a questão, a passageira diz ter recebido uma ordem da tripulação para despachar a bagagem, condição que ela se negou por se tratar de um notebook, equipamento que poderia ser danificado no compartimento de cargas.

Diante o impasse, outros passageiros a ajudaram a acomodar a bagagem e, mesmo assim, a aeronave não decolou, sendo a mulher a mulher conduzida para fora da aeronave.

O caso foi gravado por uma outra passageira, que questiona a conduta dos agentes. Ao fundo, é possível ouvir pessoas falando em racismo.

“(…) se eu despachasse meu laptop, ele ficaria em pedaços. Os comissários não moveram um dedo para me ajudar”, diz Samantha em um trecho da gravação. “Os comissários falaram para mim que se a gente pousasse em Guarulhos, a culpa seria minha, porque eu não queria despachar a mochila. Ele teve a coragem de falar isso para mim. A culpa não é porque o voo está mais de 2 horas atrasado. Sendo que faz mais de 1 hora que eu coloquei a mochila aqui e o voo não decolou. Agora, há três homens para me tirar do voo sem me falar o motivo. Eu perguntei e ele disse que não vai falar. E disse que se eu não sair desse voo, ele vai pedir para todo mundo sair, que eu estou desobedecendo e estaria cometendo um crime”, desabafa a passageira, enquanto outras pessoas reagem: “É um absurdo!”, “eu nunca vi um negócio desse na minha vida!”.

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