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‘Muita gente já viu a bobagem que fez ao eleger esse cara’, diz Erundina sobre Bolsonaro

Para a deputada, Lula provavelmente seja um dos poucos capazes de derrotar o presidente, mas faz ressalvas à aliança com Alckmin

Luiza Erundina e Jair Bolsonaro. Fotos: Wilson Dias/Agência Brasil e Evaristo Sá/AFP
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A deputada Luiza Erundina (PSOL-SP) acredita que a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição de 2022 não deve ser suficiente para enterrar o bolsonarismo presente na sociedade.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, publicada nesta terça-feira 28, a parlamentar aponta no entanto que a reeleição do ex-capitão está mais distante.

“Não acho que, ao derrotar o Bolsonaro, estaremos derrotando o bolsonarismo, que é uma corrente ideológica radical de direita e um movimento mundial. Mas no Brasil muita gente já se converteu e viu a bobagem que fez ao eleger esse cara. Percebeu o equívoco”, afirmou.

Na conversa, Erundina disse ainda que Lula “provavelmente seja um dos poucos capazes de derrotar Bolsonaro.”

“Antes da possibilidade de ter aliança com [Geraldo] Alckmin na vice, havia quase consenso no partido [PSOL] de uma frente ampla com unidade das forças que queiram tirar o país deste abismo em que se encontra, derrotando o bolsonarismo, não só o Bolsonaro”, declarou a deputada, que está afastada da Câmara dos Deputados por ordem médica em razão do risco de contaminação por Covid-19.

“E não seria apoiar qualquer um, porque Lula não é qualquer um, já foi testado como presidente duas vezes. Não é que ele tenha sido perfeito. Tenho restrições, fiz críticas a seus governos. Mas não dá para titubear, ele provavelmente seja um dos poucos capazes de derrotar Bolsonaro”, acrescentou.

Erundina, no entanto, tem ressalvas sobre a possibilidade do petista ter Alckmin como vice.

“[A aliança] não pode ser a qualquer preço. Não pode ser a preço de conciliações que não permitirão que se façam as reformas de que o país precisa. Precisamos recuperar aquilo que se perdeu ao longo de três anos de Bolsonaro. A busca de governabilidade não pode levar a conciliações que não servem para construir um outro País”, afirmou.

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