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Múcio atribui 7 de Setembro ‘enxuto’ a cortes e pede recursos para a Defesa

Em entrevista ao jornal ‘O Estado de S. Paulo’, o ministro usou a expressão ‘raspando o osso’ para definir como tem tentado lidar com a verba mais enxuta para a pasta

Múcio atribui 7 de Setembro ‘enxuto’ a cortes e pede recursos para a Defesa
Múcio atribui 7 de Setembro ‘enxuto’ a cortes e pede recursos para a Defesa
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. Foto: Douglas Magno/AFP
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O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, confirmou que as comemorações do Dia da Independência, no dia 7 de Setembro, serão enxutas. O motivo, segundo Múcio, são as limitações orçamentárias.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, nesta quinta-feira 5, Múcio usou a expressão “raspando o osso” para definir como tem tentado lidar com o orçamento mais curto da pasta.

“O governo convidou todos os ministros [para o 7 de Setembro]. Evidentemente sem helicópteros, sem aqueles caças voando, porque tudo isso é custo e nós estamos cortando o custo. Não estou nem cortando na carne, eu estou raspando o osso”, afirmou.

Segundo Múcio, as Forças Armadas “são cientes das dificuldades”. Para ele, a pasta é cara e, para arcar com os custos, o governo tem tentado retirar projetos estratégicos do arcabouço fiscal.

A situação é resultado de um corte feito pelo governo Lula (PT) no final de julho, envolvendo 675 milhões de reais a menos para a pasta. Na semana passada, ao anunciar o projeto de Lei Orçamentária para o ano que vem, o governo decidiu destinar 133 bilhões para a Defesa em 2025. 

Múcio disse que a quantia é “insuficiente”, uma vez que há “muitas contas represadas”. Por conta disso, ele tem tentado articular no Congresso Nacional um aumento dos valores para a Defesa.

Em meio às tentativas de adequar os gastos públicos aos ditames do arcabouço fiscal, o governo reduziu não apenas recursos para a Defesa, mas para outras áreas. 

Múcio reconheceu a necessidade de adaptação e evitou criticar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chamando-o de “brilhantíssimo ministro”.

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