O Ministério Público Federal identificou indícios de crime no contrato entre o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos na compra da vacina indiana Covaxin. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.
Um dos elementos usados no inquérito foi o depoimento de um servidor da pasta que apontou pressão atípica da cúpula para tentar liberar a importação do imunizante.
Um dos responsáveis pela pressão, segundo o depoimento, foi o tenente-coronel Alex Lial Marinho, que integrava o principal grupo auxiliar do general Eduardo Pazuello em sua gestão no Ministério da Saúde.
Agora, o MPF desmembrou e transferiu a investigação ao 11º Ofício de Combate ao Crime e à Improbidade Administrativa.
Antes, a apuração ocorria no curso de um inquérito civil público aberto pela Procuradoria da República no Distrito Federal.
De acordo com o despacho do MPF, não há justificativa, a princípio, para a “temeridade do risco” assumido pelo Ministério da Saúde com a contratação relacionada à Covaxin, “a não ser para atender a interesses divorciados do interesse público”.
“A omissão de atitudes corretivas da execução do contrato, somada ao histórico de irregularidades que pesa sobre os sócios da empresa Precisa e ao preço elevado pago pelas doses contratadas, em comparação com as demais, torna a situação carecedora de apuração aprofundada, sob duplo aspecto, cível e criminal”, afirmou a procuradora Loureiro no despacho.
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