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MPF apresenta ação contra Sikêra Jr. e RedeTV por homofobia

Na peça, os signatários pedem que os réus sejam condenados ao pagamento de 10 milhões de reais como indenização por danos morais coletivos

Sikêra Jr., apresentador, instigou discurso de ódio na televisão contra LGBTs. Foto: Reprodução
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O Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul, por meio da Procuradoria Regional dos Direitos dos Cidadãos, protocolou uma ação civil pública contra a RedeTV e o bolsonarista Sikêra Jr., apresentador do programa Alerta Nacional, por homofobia.

A ação aponta declarações discriminatórias contra a população LGBTTQIA+ exibidas em 26 de novembro de 2021. Na ocasião, Sikêra Jr. atacou o anúncio da DC Comics de que o novo Super-Homem se assumiria bissexual nas próximas edições das histórias em quadrinhos.

“Mas a intenção dessa corja desgraçada é tirar a inocência da nossa criançada. Não vem com esse papo de ideologia. Vai se lascar pra lá com a sua pedofilia”, disse o apresentador em tom de canção, conforme a transcrição do MPF. “Agora o Super Homem tá derretendo o anel. E quem também entrou na onda foi Papai Noel.”

Assinam a ação civil pública, além da PRDC, o LGBTQIA+ Nuances – Grupo Pela Livre Expressão Sexual; a Aliança Nacional LGBTI+; e o Grupo Dignidade – Pela Cidadania Plena.

Na peça, os signatários pedem que os réus sejam condenados ao pagamento de 10 milhões de reais como indenização por danos morais coletivos. Solicitam ainda que as declarações do bolsonarista sejam excluídas de páginas na internet e de redes sociais, “como forma de limitar o dano perpetrado pelas falas discriminatórias e preconceituosas”.

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