A 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal determinou que a Procuradoria Regional Eleitoral no Rio de Janeiro investigue se o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, interferiu nas eleições ao governo fluminense em 2018 e à prefeitura da capital em 2020. A informação é do site ConJur.
O pedido, feito pelo advogado Luis Eduardo Salles Nobre, toma como base a delação premiada do advogado Nythalmar Dias Ferreira Filho, que afirmou que Bretas teria atuado para que Wilson Witzel (PSC) fosse eleito governador em 2018.
Bretas teria vazado o depoimento de um ex-secretário de Eduardo Paes (PSD), rival de Witzel e então líder nas pesquisas, acusando o político de receber propina e coordenar um esquema de fraude em licitações.
Salles Nobre já havia pedido uma investigação sobre o caso, demanda negada pela promotora Silvana Batini, que avaliou não haver crime eleitoral.
O relator do caso na 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF, Moacir Mendes Sousa, avaliou, no entanto, que o arquivamento do pedido de investigações foi prematuro e que há necessidade de diligências complementares. Segundo ele, há possibilidade de os fatos apontados pelo advogado estarem inseridos no contexto da Lava Jato.
Sousa considerou prudente ordenar o retorno dos autos à Procuradoria Regional Eleitoral no Rio para “apuração minuciosa”.
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