O Ministério Público de São Paulo vai investigar a responsabilidade de gestores públicos na tragédia causada pelas chuvas no litoral de São Paulo. O anúncio foi feito em nota oficial publicada pelo órgão nesta segunda-feira 20.
Segundo o comunicado, a apuração mira entender se houve “falta de iniciativas na remoção de moradores de áreas de risco” que causaram o agravamento na situação dos mortos, desaparecidos, desabrigados e desalojados.
Ainda de acordo com o órgão, os promotores das comarcas paulistas ainda irão atuar para acelerar a concretização das medidas em favor dos desabrigados e desalojados.
Nesta segunda-feira, o presidente Lula (PT) esteve no local afetado pelas chuvas ao lado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Juntos, anunciaram uma série de medidas para conter os estragos e atender as vítimas do temporal.
Até o momento, são 36 mortos, 40 desaparecidos e mais de 2 mil desabrigados ou desalojados pelas chuvas que atingiram o litoral norte do estado. Também ocorreram alagamentos, deslizamentos e interditaram trechos de rodovias importantes para o estado, como a Rio-Santos, que pode ter trechos que sequer existem mais, segundo o governador.
Ainda no final de semana, o governador Tarcísio decretou estado de calamidade pública para as cidades de Ubatuba, São Sebastião, Ilhabela, Caraguatatuba e Bertioga. O status foi reconhecido pelo governo federal. O governo de São Paulo também decretou luto oficial de três dias em homenagem às vítimas da tragédia.
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