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MP junto ao TCU cobra investigação sobre acúmulo de cargos por Pedro Guimarães

O órgão indica a participação remunerada do ex-presidente da Caixa em 21 conselhos de administração ligados ao banco

MP junto ao TCU cobra investigação sobre acúmulo de cargos por Pedro Guimarães
MP junto ao TCU cobra investigação sobre acúmulo de cargos por Pedro Guimarães
Pedro Guimarães, ex-presidente da Caixa Econômica Federal. Foto: Flickr
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O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União pediu, nesta segunda-feira 4, a instalação de uma investigação para apurar o acúmulo de cargos remunerados por Pedro Guimarães, ex-presidente da Caixa Econômica Federal que deixou o cargo após uma série de acusações de assédio sexual e moral contra funcionários do banco.

Notícias recentes publicadas pelo site R7 dão conta de que o bolsonarista acumulava cargos em 21 conselhos de administração de empresas ligadas ao banco. Com as funções, seu salário superaria o montante de 230 mil reais. O acúmulo de cargos é proibido pela Lei das Estatais, que prevê a posição remunerada em, no máximo, dois conselhos.

“Consta que o Sr. Pedro Guimarães, além de exercer o cargo de presidente da empresa pública, chegou, em 2021, a ser membro de ao menos 21 conselhos de administração de empresas ligadas à estatal! Julgo que, pela gravidade envolvida, os fatos apontados na matéria acima colacionada devam ser objeto de detida investigação pelo Tribunal”, diz um trecho do pedido do MPTCU.

A solicitação é assinada por Lucas Rocha Furtado, subprocurador-geral do órgão, que solicita providências independentemente do fato de Guimarães ter deixado o cargo, uma vez que o Superior Tribunal de Justiça já definiu, em outros casos, que o acúmulo de cargos não pode ser invalidado com o decurso do tempo.

A íntegra do pedido do MP junto ao TCU:

MP-pede-que-TCU-apure-acúmulo-de-cargos-de-Pedro-Guimarães

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