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MP abre investigação sobre homofobia durante o jogo entre Corinthians e São Paulo
O jogo, disputado na Neo Química Arena, foi interrompido pelo árbitro no segundo tempo
O Ministério Público de São Paulo abriu uma investigação nesta segunda-feira 15 sobre um caso de homofobia durante o jogo entre Corinthians e São Paulo, disputado no domingo 14, pela série A do Campeonato Brasileiro.
A partida, realizada na Neo Química Arena, foi interrompida pelo árbitro Bruno Arleu de Araújo aos 18 minutos do segundo tempo, após torcedores corintianos entoarem gritos homofóbicos.
O ato do árbitro consta na súmula do jogo. “Informo que aos 18 minutos do 2 tempo paralisei a partida por 2 minutos devido gritos homofóbicos da torcida ‘Vamos, Corinthians, dessas bichas teremos que ganhar’, sendo informado no som e no telão do estádio para que os gritos cessassem, mesmo assim, a torcida continuou gritando efusivamente e, após os gritos cessarem, a partida foi reiniciada. Fato esse comunicado ao delegado da partida e ao chefe do policiamento”, escreveu Araújo.
O caso será investigado pelo Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância. Existe a possibilidade de o Corinthians sofrer punição, conforme previsto no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, a dispor sobre “praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência.”
O procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Ronaldo Piacente, afirmou ao ge nesta segunda-feira que denunciará o Corinthians pelos cânticos homofóbicos registrados no clássico.
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