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Movimentos sociais e sindicatos vão às ruas medir o apoio à ‘taxação BBB’ e fim da escala 6X1

A iniciativa busca pressionar parlamentares para que os projetos entrem e pauta e sejam aprovados em caráter de urgência

Movimentos sociais e sindicatos vão às ruas medir o apoio à ‘taxação BBB’ e fim da escala 6X1
Movimentos sociais e sindicatos vão às ruas medir o apoio à ‘taxação BBB’ e fim da escala 6X1
O fim da desumana escala 6x1 tornou-se uma bandeira bastante popular nos últimos anos – Imagem: Tânia Rêgo/Agência Brasil
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Movimentos sociais, centrais sindicais e partidos políticos irão às ruas para ouvir a população sobre pautas já em discussão nas casas legislativas, como o fim da jornada 6×1, a isenção do Imposto de Renda e a taxação dos mais ricos. O chamado ‘plebiscito popular’ começa nesta terça-feira 1 e vai até 7 de setembro, em todos os estados.

Os participantes responderão a duas perguntas:

  • Você é a favor da diminuição da jornada de trabalho sem redução salarial e pelo fim da escala 6×1?
  • Você é a favor de que quem ganha mais de R$ 50 mil pague mais imposto para que quem recebe até R$ 5 mil fique isento do Imposto de Renda?

Ambos os temas já tramitam no Congresso, mas encontram resistência. A iniciativa busca pressionar parlamentares para que os projetos entrem e pauta e sejam aprovados em caráter de urgência. “São duas medidas que beneficiam a esmagadora maioria da população brasileira, que não está sendo ouvida pelo Congresso Nacional”, destaca Igor Felippe, executivo nacional da organização.

Uma pesquisa realizada pela Nexus e divulgada em 30 de abril, véspera do Dia do Trabalhador, revelou que o índice de aprovação daqueles que são a favor do fim da 6×1 é massivo em todas as faixas etárias. São: 76% dos jovens de 16 a 24 anos, 69%, de 25 a 40 anos; 63%, de 42 a 59 anos, e 54% entre os brasileiros com 60 anos ou mais.

No mesmo mês, um levantamento do Datafolha indicou um cenário semelhante sobre a nova faixa de isenção no Imposto de Renda. Segundo a pesquisa, 70% das pessoas são favoráveis, ante apenas 26% contrárias. No entanto, apenas 50% dos entrevistados acreditam que o Congresso vá aprovar a proposta.

Entre as organizações envolvidas estão os movimentos estudantis UNE, UBES e ANPG, as centrais sindicais CUT, Força Sindical, STB, UGT e Intersindical, as frentes Brasil Popular (MST, CMP, Marcha Mundial das Mulheres, Conem) e Povo Sem Medo (MTST, MNU, Resistência) e os partidos PT, PSOL, PcdoB, UP e PCB.

O resultado será entregue a Lula e aos presidentes das casas legislativas, Hugo Motta (Republicanos) e David Alcolumbre (União), e ao vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, o ministro Edson Fachin.

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